31. Mar. 2021
Setor audiovisual mineiro começa a receber recursos do Edital ‘Olhar Independente’

As obras seriadas e não-seriadas que foram selecionadas pelo edital “Olhar Independente” começam a ter seus contratos disponibilizados.

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Uma boa notícia para o setor audiovisual em Minas: as obras seriadas e não-seriadas que foram selecionadas pelo edital “Olhar Independente” começam a ter seus contratos disponibilizados. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), está intermediando e acompanhando o processo junto à Agência Nacional do Cinema (Ancine), que vai da contratação ao licenciamento.

São animações, documentários e ficções que recebem recursos para produção e espaço para serem exibidos na Rede Minas, que integra a EMC, vinculada à Secult. A emissora pública do estado contribui como uma importante janela, na TV aberta, para mostrar trabalhos de cineastas mineiros.

Os projetos recebem recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, disponibilizado através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav), da União. Já firmaram contrato 11 projetos, dos quais seis receberam pagamentos após quase quatro anos, representando recursos que totalizam quase R$ 4,5 milhões.

“Estamos com foco no estímulo e na recuperação do setor audiovisual em Minas. A cadeia produtiva do segmento no estado ainda está paralisada e esse edital estava sendo aguardado há muito tempo. Por isso consideramos um avanço esta ação da Secult, por meio da EMC, que permitiu acelerar contratos para possibilitar os pagamentos e a posterior exibição”, diz Leônidas Oliveira, secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Histórico

O processo, que teve início com edital publicado em 2017, contou com a participação fundamental da Secult, por meio da EMC, para retomar o andamento e fomentar a área.

Os diretores e produtores têm 24 meses para concluir os trabalhos. Uma das obras que estava em processo de finalização já tem previsão de exibição, na Rede Minas, ainda este ano. A iniciativa vai ao encontro da necessidade urgente do setor, hoje estagnado devido à pandemia. “O papel da Empresa Mineira de Comunicação para a unificação das políticas do audiovisual do estado passa, também, pelo acompanhamento desses passivos há anos aguardados pelos produtores independentes”, explica o presidente da EMC, Sergio Reis.

Segundo a vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), Aryanne Ribeiro, que também representa o segmento audiovisual no estado, “a intervenção da EMC foi e está sendo crucial para destravar os recursos do ‘Olhar Independente’”. Aryanne ainda ressalta a importância do trabalho da EMC junto ao Consec para que “as demandas da sociedade civil cheguem ao poder público e sejam discutidas e atendidas, abrindo um amplo diálogo".

 

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